Ao longo dos últimos meses o MDB Mulher Nacional esteve, ao lado das mulheres emedebistas e de lideranças comunitárias e sociais de todo o país, realizando um trabalho indispensável para a mudança que o Brasil precisa: promovendo o empoderamento feminino e o aumento da participação feminina na política. Com o Mulheres Transformadoras nas ruas, 335 brasileiras ouviram o chamado e deram seu nome e seus esforços para campanhas políticas que rodaram o país e culminaram, neste 7 de outubro, na eleição de 12 delas para os cargos de deputadas federais e estaduais.
Mas além dessas emedebistas, no último domingo centenas de mulheres de outros partidos e coligações foram escolhidas para representar o povo e a luta feminina no Poder Legislativo, como reflexo da luta “Por mais mulheres na política” e de campanhas digitais como a “Vote em uma mulher”. Para o MDB Mulher, que participa dessa batalha há anos, cada uma das 335 candidatas é uma mulher transformadora que vai seguir trabalhando para que a transformação realmente aconteça, para que mais mulheres representem a maioria do eleitorado brasileiro no legislativo nos próximos anos.
Para a presidente do MDB Mulher Nacional, Fátima Pelaes, que foi candidata ao Senado no Estado do Amapá e conseguiu 38,5 mil votos válidos, o esforço das emedebistas e dos eleitores que votaram nessas candidatas não foi em vão.
Obrigada a todas as mulheres do nosso partido que aceitaram essa tarefa árdua de ser candidatas, de lutar pela transformação, cada uma dessas emedebistas está aqui, no meu coração. Tivemos campanhas que seguiram mesmo sem nenhuma condição, campanhas que seguiram porque essas mulheres realmente acreditam no nosso projeto de política, essas mulheres acreditam no seu papel para construir um Brasil melhor e vestiram a camisa, sem jamais tirar ela do corpo. Essas mulheres são Transformadoras, são o motor da transformação que começou agora, mas não se encerrou com o fim das eleições. Ganhamos espaço, ganhamos força e a luta continua,” declarou Fátima.
Mesmo com maioria do eleitorado, o número de mulheres eleitas para o Senado se manteve nas eleições deste ano sem alteração, mas a presença feminina aumentou na Câmara e nas Assembleias de forma geral, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na prática, o Mulheres Transformadoras conseguiu fortalecer a mobilização social feminina, dando maior visibilidade ao trabalho das brasileiras que atuam em seus bairros e comunidades, e garantindo o aumento de mulheres que agora representarão as mulheres.
Estamos encerrando a nossa caminhada cientes de que ainda há muito pela frente, mas orgulhosas do que conseguimos até aqui. Fizemos a nossa parte e a hora agora é de continuar na luta, mudando estratégias e exigindo direitos. Também fiscalizando os candidatos eleitos e ocupando as trincheiras. Não é hora de esmorecer porque a mudança não se faz de uma única vez”, defende Carla Stephanini, vice-presidente do MDB Mulher e candidata a deputada federal pelo Mato Grosso do Sul. Ela conquistou 19,5 mil votos.
Em 2010, última eleição na qual 2/3 do Senado foram renovados, sete mulheres foram eleitas senadoras. Neste ano, o número se repetiu. As sete senadoras representam 13% dos eleitos neste ano. Apesar disso, nenhuma mulher foi eleita para o Senado em 20 estados – em três deles, Acre, Bahia e Tocantins, não houve candidatas. O MDB havia apresentado dois nomes femininos ao Senado, Fátima e Cidinha, em São Paulo.
Na Câmara dos Deputados, houve um aumento de 51% no número de mulheres eleitas em relação a 2014. O número passou de 51 para 77 deputadas neste ano. Isso quer dizer que a nova Câmara vai ter 15% de mulheres na sua composição. Quatro delas são do MDB, a novata Daniela do Waguinho (RJ) e as deputadas reeleitas Dulce Miranda (TO), Elcione Barbalho (PA) e Jessica Sales (AC).
Considerando os deputados estaduais, as mulheres são 15% dos eleitos. Foram 161 deputadas escolhidas pelo povo, um aumento de 35% em relação a 2014. Dessas, oito são do MDB, entre elas está Janaína Riva, do Mato Grosso, a deputada eleita com o maior número de votos da história do estado.
Mesmo com a melhoria na representatividade feminina de forma geral no legislativo, a proporção de mulheres segue abaixo do encontrado na população brasileira. No país, a cada 10 pessoas, 5 são do sexo feminino. O Brasil ainda se encontra na 161ª posição de um ranking de 186 países sobre a representatividade feminina no poder Executivo, segundo dados analisados em 2018. O programa Mulheres Transformadoras segue como um chamamento a todas as mulheres para que continuem acreditando na política como o mecanismo de transformação das nossas vidas.
Precisamos da força da participação feminina para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária”, acredita Fátima Pelaes.